quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rotina

Há quem não goste. Há quem não funcione bem com ela.

Eu gosto. Gosto de ter uma certa organização na minha vida. Talvez demonstre uma certa fraqueza de espírito ou insegurança, mas gosto de ver os meus dias minimamente regrados por horários e/ou blocos de tarefas.
Acordar, banho, pequeno almoço, trabalho, almoço, trabalho, tempo livre, jantar, tempo livre, dormir. 
Mesmo nas situações espontâneas (que aventureiro também eu sei ser), gosto de ter horas marcadas. Saber que tenho das X às Y horas para a impulsividade, mas que a partir daí há algo mais. 
Poderá a necessidade de organização externa ter origem na desorganização que é a minha cabeça ao longo do dia? Um daydreamer nato deve precisar de uma espécie de corrimão do lado de fora da cabeça... Por outro lado, horas marcadas dão sempre jeito quando há falta de motivação.

A questão é: num mundo em que está na moda o «viver o momento» e a liberdade, sou o único que gostaria de um dia chegar a velhinho e ir todos os dias tomar o seu cafézinho naquele cafézinho onde os velhinhos vão?

10 comentários:

  1. não deves ser o único, mas talvez um dos poucos. tem que se viver o momento como dizes, aproveitar enquanto cá andamos!!! abraço

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  2. Tens razão... mas aproveitar é compatível com horários, não?

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  3. Eis um tema para mim :) Não gosto de rotinas, mas temos de viver com elas, a rotina é inevitável, como já o disse gosto de mudanças, mas que ocorram em determinados ciclos! Gosto de me reinventar, mas não sou absolutamente fã do Carpe Diem, já fui em tempos, agora não... De que serve ter prazer em comer 1kg de chocolate para de seguida sofrer com dores de barriga? Sou pela mudança ponderada! :)

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  4. Lá está... para mim a mudança também é rotineira. De X em X tempo, decido que vou mudar algo. A rotina de que falo é mais diária do que life-long.
    Gosto de beber o meu café depois do almoço, o meu chá à noite, a minha caminhada ao fim de semana, a minha saída à sexta-feira...

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  5. Compreendo o que dizes, se bem que eu farto-me facilmente. Mas o jornal de Domingo com um café depois de almoço a uma hora mais ou menos estabelecida é coisa que traz conforto.

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  6. Fartar-me é coisa que faço muito facilmente. Mas farto-me de coisas e não de momentos do dia.
    Além do conforto, a rotina diária trás uma sensação de falso controlo sobre as situações.

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  7. Eu nisso sou algo esquizofréncio. Se por um lado gosto da rotina porque me sinto seguro, tal como tu e nos moldes que descreveste, depressa me farto e passo a ter uma vida desregrada. Depois, começo a achar-me desleixado e volto à rotina.

    Sou um gajo de marés. Agora se isso é bom ou não, não sei.

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  8. É um bocado isso que se passa comigo. E às vezes misturo rotina com desleixo... e ignoro o desleixo. "Ah e tal... faz de conta que o meu dia está a correr como planeado, quando na realidade ainda não fiz nada de produtivo!"

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  9. Rotinas.... acho que a partir do momento que nos habituamos a ter uma certa rotina dificilmente deixaremos esse hábito de organizar a nossa vida assim. Sim, podemos desleixar-nos por momentos, por alguns tempos, mas quando damos conta já voltámos ao mesmo e já estamos a criar rotinas outra vez.

    Há quem me chame "Monica", fazendo referência à personagem da série "Friends" por ela ser demasiado organizada e eu ir "atrás" dessa tendência mas realmente não consigo não ter as coisas planeadas. Gosto de saber o que vou fazer e o tempo que tenho. Gosto de ter uma certa ordem.

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  10. Não sou demasiado organizado. Mas gosto de ter uma "agenda" mental. Por exemplo, gosto de jantar sempre à mesma hora, porque sei que a partir daí tenho X horas para fazer Y coisas até me deitar...

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Aceitam-se pires de amendoins.