terça-feira, 18 de março de 2014

Conversa sobre um acto de fé

(...)
J.: Pois...
Rui Pi: Sabes... foi um pouco a integridade que me fez sair da catequese. O que é estúpido. Não faz sentido... mas faz todo o sentido. Saí porque não acreditava na religião e em deus... podia muito bem ter continuado (como toda a gente), mas na minha cabeça o meu pensamento era "não continuo porque, se deus existir, não o quero desrespeitar por estar a ser falso e hipócrita". No fundo... sair da catequese foi um acto de fé.
J.: LOL... realmente...
(...)

16 comentários:

  1. teorias muito profundas com feedback nulo. lol it happens! também me acontece frequentemente. Nem na catequese andei mas não cheguei ao teu raciocínio complexo do "eu não acredito mas pondo me na posição do fiel católico sinto que estou a trair todo um sistema religioso e as forças superiores se continuar a viver está farsa. Por isso se calhar sou fiel a ser fiel a mim mesmo e aos valores que o catolicismo posso apresentar para o meu alterego"... (nem eu percebi o que acabei de dizer) Comigo foi muito mais básico: brincar é melhor que missa! (pelo menos para mim era...e é i guess...).

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    1. O feedback não foi nulo; a conversa continuou. Aqui apenas quis expor o pensamento principal. Também não sei se percebi a 100% o que disseste, mas ficou a ideia geral no ar. Quanto a ir à missa... bem... no meu tempo a minha mãe levava-me e que remédio tinha eu.

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  2. E assim se convence as pessoas :-D com palavras. Se bem, que há algumas que era só ao murro.

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  3. Ah então também saí da catequese por um acto de fé! :) mas eu cheguei a dar catequese, só que com coisas que aconteceram e algumas "desavenças" bíblicas, fui deixando de querer transmitir o que aprendi. Não deixei completamente de ter fé...gostava muito de falar com um padre para me explicar certas coisas. Ainda não encontrei esse padre (também não fiz grande pesquisa é certo, perto de mim não está), num futuro próximo gostava de ter A conversa... (não sei se dá para perceber o comentário, por vezes baralho as ideias :) )

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    1. Eu saí apenas antes do ano de preparação para o crisma porque, até aí, gostava de lá estar. Não por crença, mas porque as minhas catequistas faziam questão de tornar aquilo sempre numa conversa/debate sobre valores morais e não apenas valores "católicos". (O boss lá do sítio até chorou quando eu disse que me ia embora; estava imensamente esperançado que eu fosse catequista). Também acho que gostava de conversar com um padre, não para me explicar coisas mas simplesmente para ter uma troca de ideias. Quando achares um próximo, envia-o para cá. Eu pago o café!

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    2. Também tive dessas catequistas e gostei muito, talvez por isso fui ficando e gostando de estar lá. Depois passar a dar catequese foi uma transição normal para mim e apesar de só ter dado dois anos e não completamente sozinha gostei muito da interacção com as crianças. Quanto ao padre seria um explicar/conversar, acho que preciso disso, uma conversa sem rodeios, sem moralidades. Acho que por ter encontrado sempre padres mais velhos, com idade para serem meus avôs, nunca consegui ter uma conversa frontal e interessante com um. E está descansado que quando encontrar aviso sim :)

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    3. Entendo. E a perspectiva de estar a interagir com crianças também me apelou mas... tudo o resto era demasiado, especialmente a obrigatoriedade (mesmo que pouca) de tocar na religião de uma forma mais a sério. Obrigado pela disponibilidade!

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  4. Não deixa de ser verdade...eu nunca fui para a catequese porque nunca entendi a lógica...mas a ver vamos...fiquei assim

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    1. Pois... eu fui porque simplesmente era o que os putos faziam na minha altura (ou que os pais faziam os putos fazer). Eventualmente comecei a ir por gosto. Religião á parte, aprendi muito. E ao menos não vou tão para o inferno quanto tu! :P

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  5. A minha catequese era ao Sábado de manhãzinha...ora, lá acabei por desistir. Deus devia estar à espera de quê, vindo de uma criancinha? Deixem-me dormir depois de ter passado a semana a esfolar os joelhos =(

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    1. Eu aos Sábados de manhã tinha era que me levantar cedinho para ver televisão. E, já agora, porque é que ser criança é sinónimo de esfolar os joelhos? Começo a achar que vivi mal a minha infância, e eu até corria, e trepava, e fugia, e andava de bicicleta... e os meus joelhos estiveram quase sempre imaculados...

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  6. Não sei, mas a verdade é que foi sinónimo da minha :P Chegava a fazer ferida por cima de ferida (que lembranças dolorosas!). Mas era eu que era uma completa inábil, que os meus irmãos também brincavam muito e raramente caíam...

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    1. Deves ter aí umas belas marcas nos joelhos... E claro, falta de jeito também ajuda...

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Aceitam-se pires de amendoins.