terça-feira, 12 de março de 2013

Episódio imaginado

O barman apanhou a garrafa de vodka que lhe fora lançada do outro lado do bar, a meio de mais um cocktail. A música parou. As luzes coloridas apagaram-se e as brancas acenderam-se.
"O que se passa, querido?", perguntou a mulher, com o seu sotaque de Leste, afastando os seus seios nús da cara daquele homem, em cujo colo ela dançava.
As que estavam nos varões pararam as suas danças. As cortinas dos privados gementes abriram-se, deixando sair casais de rostos rosados. Os colos dos homens deixaram de aguentar com o peso leve das senhoras vestidas com pouco mais do que um par de sapatos de salto-alto. Os mais ébrios agarravam-se ao que podiam para se levantarem.
Juntaram-se todos ao centro e começaram a dirigir-se para a sala ao lado, bem mais sóbria.
"Vamos lá, pessoal!", anunciou um dos homens mais velhos, "Está na hora".

Do lado de fora do edifício, as câmaras de televisão fixam-se numa pequena chaminé perdida num telhado. O desânimo percorre a praça. Novamente fumo negro. Ainda não há Papa.

6 comentários:

  1. Não percebi se querias dizer que ela ainda nao era papada :P

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    1. ahahaha! Que trocadilho tão bom... como é que não pensei nele.
      Pois, fica a dúvida... gosto de deixar o leitor tirar as suas conclusões. ahah!

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  2. Imaginado? olha que não sei.. uma votaçao não precisa destas horas todas. Eu já tinha pensado que eles deviam jogar poker ou algo do género, mas gosto mais da tua hipótee :P

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    1. Imaginado não quer dizer que não seja aproximado da realidade. Se calhar a diferença está em não terem privados e ser tudo à mostra uns dos outros...

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    2. Se se confessam uns aos outros, mais vale ser logo pás orgias mesmo! Assim nas confissoes é mais fácil.

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Aceitam-se pires de amendoins.