segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O sexo, os tabus, a necessidade

Agora toda a gente vê, ou faz por ver, o sexo e a sexualidade como uma coisa natural. Fazer sexo, na sua forma mais básica, já não é o objecto se sussurros de antigamente. A cada dia os tabus se quebram... o que ontem era pecado, hoje é básico, amanhã é obrigatório.
A perda de tabus é vista como algo bom, que melhora a vida sexual das pessoas. Quem os vai perdendo diz que tudo ganha mais gosto e mais prazer, e ainda bem que assim o é. No entanto, não será a existência desses "pecados" e a sua transformação em "bênçãos", que dão o tal gosto especial ao sexo?

Será que aquela primeira vez que ela vê um filme porno e aquela vez em que ele experimenta estimular a próstata teriam o mesmo gosto se sempre tivessem sido banais?
A quebra das regras é que nos dará um certo gozo...

E será que com tudo isto não começa a aparecer uma comunidade de hipsters sexuais?
Todos temos amigos que gostam de contar com orgulho esta ou aquela experiência mais fora do comum. Será que esse orgulho existiria se toda a gente fizesse aquelas maluqueiras do ménage à trois?

No fundo, o que é que faz bem à vida sexual? É a inexistência de tabus, ou o facto de eles serem ultrapassados?
Afinal... é bom haver pecados...

12 comentários:

  1. A vulgarização do sexo como acto tira um pouco a sua mística.
    Sou a favor da comunicação e da informação, acho benéfica, mas o que mexe connosco é a interacção com o outro, sem pensar muito na enciclopédia sexual ambulante que o outro será, a química, acção-reacção, serão sempre o mais estimulante.

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    1. Relativamente à primeira parte, não concordo. A mística vem de cada um e não é a "vulgarização" do sexo que o tira. A coisa mais socialmente banal pode ser, para algumas pessoas, a coisa mais mística. Quem sabe aproveitar a vida, sabe dar a mística às suas coisas.
      De resto, concordo plenamente. A comunicação e a não-criação de expectativas em relação ao acto são a melhor maneira de o viver.

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  2. "O fruto proibido é o mais apetecido", sempre ouvi dizer isto. E penso que em relação ao sexo também se aplica, ainda que existam muitas vertentes para explorar...

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    1. Ou seja, é bom que o fruto continue proibido. Comer maças tinha muito mais piada quando ninguém o fazia.
      Nesse caso, então há mesmo a tribo dos sex-hipsters...

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  3. Ia comentar, mas depois de ler o que a Never Told Words disse, fiquei sem material, já que era exactamente isso que queria dizer.

    E sim, existem mesmo os hipsters do sexo...eles "andem" aí!

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    1. Podemos dizer que, graças a ela, as tuas foram "never told words". *ba dum tsss*
      Depois deste momento de humor fantástico, devo dizer que concordo com a perspectiva. E com a existência dos sexpsters (acabei de criar a palavra!). Conheces alguns, já agora?

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  4. Penso que apesar de já nao existirem tantos tabus (que no meu caso nunca tive) há sempre algo a explorar. O facto de nao haver tabus nao implica a banalizaçao.. afinal de contas tb enquanto o sexo era tabu vias a banalizaçao do sexo atraves das prostitutas dos loucos anos 20 e por aí em diante.. se pensares o sexo sempre foi de extremos ou demasiado tabu ou demasiado aberto. E no meio termo é que está a virtude.. :)

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    1. Ou não fosses tu Eva Maria, a mulher que trincou a maçã.
      A minha questão não é tanto a banalização. É mais o facto de serem os tabus de uns que dão a pica a outros. Como na minha resposta à Rosa Cueca, tudo pode ser banal ou especial dependendo de quem faz o quê e com que mentalidade o faz. Para mim um copo de wisky à sexta-feira à noite é uma coisa especial. Aqui a questão é a necessidade de existirem tabus para que um certo grupo de pessoas que os quebra tenha mais prazer ao fazer certas coisas.

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  5. Tudo faz bem à vida sexual :)

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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  6. Então não conheço? A blogosfera está cheia deles.

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Aceitam-se pires de amendoins.