sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Primeira vista

As aparências iludem.
Quem vê caras não vê corações.
São coisas que se dizem mas que para mim fazem pouco sentido. Isto porque sempre tive uma tremenda facilidade para rapidamente tirar a pinta das pessoas que conheço. A simpatia pode ser imensa mas há algo que me diz que aquilo é maçã com bicho (ou castanha, já que estamos no tempo delas). O ar pode até ser carrancudo e a maneira de falar não passar de cuspidelas de palavras, mas consigo ver que há ali boa pessoa.

Mas as aparências iludem e quem vê caras não vê corações... são coisas que se dizem. E uma pessoa, ao crescer a ouvi-las pensa que se calhar não devia de julgar os livros pelas capas*. E passa a não julgar.
Mas ao crescer, vai-se conhecendo melhor os meandros sombrios que são as personalidades daqueles com quem nos damos. E das duas uma: ou apercebo-me que afinal a capa que mais ninguém via a não ser eu era verdadeira, e aprendo; ou continuo a tentar ser boa pessoa e a dar segundas oportunidades àquelas máscaras.

Escolhi a primeira opção. Mas guardo para mim a informação. Na altura certa, caso necessário, digo que já era assim à muito tempo.

*Literalmente, eu não julgo os livros pela capa.

4 comentários:

  1. As pessoas sabem ser tão falsas... custa-me aceitá-lo, fujo logo.

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  2. Tens bom olho para a coisa. Eu, por exemplo, acabo sempre por ter uma grande amizade por pessoas que à primeira digo 'Fodasse, não é nada interessante como pessoa'.

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  3. Concordo imenso com não se julga um livro pela capa. Assim como não se julga as pessoas pela aparência.

    Mas, por outro lado, sim... há maneiras e maneiras de julgar. Eu cá tenho o meu sexto sentido... ou algo do género.
    Raramente me engano quando conheço uma pessoa. Já levei na cabeça porque dizem que não devo julgar alguém pela primeira impressão porque pode enganar mas a verdade é que adivinhei sempre. Raras foram as vezes que me enganei e as que me enganei só serviram para aprender e estar mais atenta nos tempos seguintes.

    Conclusão... não se julga nada pela aparência porque o ser bonito não implica na verdade ser bonito e nada garante que o "feio" não seja o que mais nos surpreende e faz feliz. (ou qualquer coisa do género xP)

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  4. @ S*
    Se eu topar a falsidade logo ao início, não tenho tendência a fugir. Talvez ignore e vá jogando o jogo, sabendo que estou seguro.

    @ Herético
    Entendo o que dizes. Até porque, por várias vezes, pensei nisso mesmo. Ao inicio achava que "nãaa" mas depois tornava-me grande amigo. O problema é que uns tempos mais tarde voltada ao "nãaa" e percebia que tinha razão desde o início.

    @ MK
    Pela aparência não, mas pelas expressões sim. Acho que só me enganei a sério uma vez.

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Aceitam-se pires de amendoins.