Aterro no meio do Atlântico. Faço-me rodear de quatro pessoas e de mar e de verde. À minha frente, dez dias de ausência de expectativas, num regresso involuntariamente prometido e impulsivamente e impensadamente programado.
Não sei o que fazer, mas sei o que recear. Tenho à minha frente dez dias, e tenho à minha volta quatro pessoas totalmente diferentes de mim e entre si, umas conheço muito bem, outras conheço pouco, outras conheço nada.
Passam-se dez dias e não estive apenas rodeado de quatro pessoas e de mar e de verde. Estive abraçado por quatro amigos, estive banhado pelo mar, acariciado pelas plantas, coberto pelas estrelas, tocado pelo ponto mais alto do país, mergulhado até onde andam os peixes.
Terá sido uma mistura da magia do local com a força do que tem que ser. Terá sido a surpresa do improvável a unir-se com o amor que se espera.
Passam dez dias e fica a maravilha a gratidão... e um regresso obrigatoriamente prometido.
Os Açores são um lugar horrível!
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Aceitam-se pires de amendoins.